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Com o movimento das Bandeiras acentuado no século XVIII, a região do interior do Brasil, mais conhecido como Sertão ou Hinterland, passou a ser ocupada pelos bandeirantes. As Bandeiras tinham como principais objetivos tanto a procura de povos indígenas para escravizar quanto a busca por metais preciosos (ouro, prata).
Na década de 1690 os Bandeirantes conseguiram encontrar ouro na região que posteriormente foi chamada de Minas Gerais, outra localidade onde o ouro foi explorado, no ano de 1719, foi no povoado de Cuiabá (capital do atual Mato Grosso), sendo assim, os Bandeirantes logo pensaram no território que se encontrava entre Minas Gerais e Cuiabá (futuro Goiás). Os Bandeirantes também conseguiram encontrar e explorar esse valioso metal preciso na região entre as duas minas de ouro.
No ano de 1682, o sertanista (bandeirante) Bartolomeu Bueno organizou uma Bandeira rumo ao sertão brasileiro; com seu filho de 12 anos de idade rompeu mato adentro e chegou ao interior do Brasil.
Com a morte de Bartolomeu Bueno (tanto a data quanto os motivos da morte do bandeirante são imprecisos), seu filho Bartolomeu Bueno da Silva tentou refazer a expedição de seu pai cerca de 40 anos depois, em 1722.
O Anhanguera, como ficou conhecido Bartolomeu Bueno da Silva, conseguiu encontrar e explorar ouro nas margens do Rio Vermelho em 1725. Primeiramente fundou o povoado da Barra e depois o Arraial de Sant’Anna, com a grande quantidade de ouro que foi extraído das minas, o Arraial, por sua importância econômica para a Coroa Portuguesa, foi elevado à categoria de Vila, e em meados de 1750 foi denominado de Vila Boa de Goiás.
Até o ano de 1749, Goiás não existia, o território pertencia à capitania de São Paulo, somente a partir dessa data que surgiu a capitania de Goiás. Os principais povoados e arraiais surgiram no momento da mineração, no século XVII, constituíam-se de núcleos urbanos instáveis e irregulares, o primeiro governante enviado à nova capitania foi Dom Marcos de Noronha (Conde dos Arcos).
A mineração em Goiás teve o seu ápice em 1750, de 1751 a 1770 a extração e exploração do ouro foi diminuindo drasticamente, do ano de 1770 adiante a mineração entrou em decadência, o que provocou o abandono de muitos povoados goianos.
O movimento de Independência do Brasil no século XIX não alterou o quadro social e econômico de Goiás, alguns grupos oligárquicos se destacaram durante o período imperial e permaneceram no poder até as primeiras décadas do século XX, como os Bulhões, os Fleury e os Caiado. No ano de 1818, por carta régia de Dom João VI, a Vila tornou-se Cidade de Goiás.
Após a Mineração, a economia goiana no século XVIII e XIX passou a se dedicar mais às atividades ligadas à pecuária e agricultura. No século XX, Goiás desenvolveu a agricultura como principal atividade econômica. Porém, durante as três primeiras décadas desse século Goiás continuou atrelado à política oligárquica da Primeira República.
A Abolição da escravidão, em 1888, não alterou as condições de trabalho e de moradia dos escravos que viviam em Goiás. Aliás, a população de Goiás era constituída por uma maioria negra e uma minoria branca.
No século XX, a oligarquia dos Caiado tomou o poder político do Estado até a Revolução de 1930. Getúlio Vargas, que havia instalado a Revolução, monopolizou o poder e nomeou o interventor Pedro Ludovico Teixeira, que fazia oposição aos Caiado.
Um dos primeiros atos políticos de Pedro Ludovico foi executar a política de transferência da capital. Primeiro realizou um levantamento para escolha do local onde seria construída a nova capital, a região escolhida era próxima à cidade de Campinas (Campininha das Flores). Depois iniciou as obras da construção da nova capital, Goiânia, em 1933. A capital foi transferida por decreto no ano de 1937, selando o fim de mais de 200 anos da Cidade de Goiás como capital do Estado.
As principais fases da história de Goiás
O desbravamento de Goiás foi iniciado logo depois da descoberta do metal precioso na região – o que ocorreu entre o final do século XVII e começo do século XVIII.
O movimento dos bandeirantes, ou melhor, suas expedições, levaram a descoberta do ouro nas margens do Rio Vermelho, do Rio São Francisco e até mesmo em algumas regiões no interior do estado. E o objetivo do grupo era exatamente este: encontrar riquezas minerais (com destaque para o ouro) na região de Goiás.
Uma das primeiras expedições deste grupo saiu de São Paulo, passando pela trilha denominada ‘Caminho dos Goiases’. Nesta mesma época, também chegou ao estado um grupo do Norte de missionários.
Um dos bandeirantes mais conhecidos desta época foi Bartolomeu Bueno da Silva. Ao lado de seu filho, que na época tinha apenas 12 anos de idade (e herdeiro de seu primeiro nome), ele não só caçou muitos índios como também encontrou uma variedade de pepitas de metal precioso.
Seu sucesso não tardou a se espalhar para o resto do Brasil, o que estimulou muitos bandeirantes a explorarem a região. Outro fator que influenciou a exploração ocorreu em 1720, quando o filho de Bartolomeu chegou a Lagoa Mestre d’Armas – região rica em pepitas de ouro oriundas de uma grande variedade de minas.
Após a morte de Bartolomeu, seu filho de mesmo nome continuou o seu legado – fundando o Arraial de Sant’Ana. Em 1739 o povoado ganhou o apelido de Vila Boa e, depois, intitulou-se como Cidade de Goiás. Nos dias de hoje, essa parte da história de Goiás está preservada na pequena cidade de Buenolândia.
A região seguiu como capital do estado por muitos anos até que em 1809, Goiás precisou ceder parte de seu território para os estados de Minas Gerais e Maranhão.
Já no ano de 1863, a capital do estado foi mais uma vez alterada – desta vez, para o município de Leopoldina. De 1930 em diante a região se tornou extremamente prospera, o que se deu tanto pela melhora da infraestrutura das ferrovias como pelo cultivo de uma grande variedade de alimentos.
E o resultado disso você já deve estar esperando há algum tempo: em 1932 iniciou-se a construção de Goiânia, cidade planejada para ser a nova capital goiana. Dez anos depois ela foi inaugurada e segue como capital até os dias de hoje.
Com a chegada da Constituição Brasileira, em 1988, o estado de Goiás perdeu algo em torno de 40% de todas as suas terras – o que levou ao desenvolvimento do estado de Tocantins.
As partes mais marcantes da história de Goiás são as seguintes:
• Povoamento do estado
O arraial de Sant’Ana (posteriormente conhecido como Cidade de Goiás) foi por mais de 200 anos capital de Goiás.
Quando se espalhou a notícia de que a região tinha concentração de minas de ouro, gente de todo o Brasil se mudou para lá.
• A famosa ‘época de ouro’ goiana
A “Fase de Ouro” de Goiás foi intensa, apesar de curta. Ela durou menos de 50 anos, até que a mineração passou de uma ótima atividade para uma atividade em total decadência. Atualmente, o único ouro ainda explorado na região é o ouro de aluvião – encontrado nas margens dos principais rios.
• Como era a sociedade goiana?
Até 1749 a região de Goiás pertencia a São Paulo – e foi só depois deste marco que se tornou capitania independente. Sendo assim, desde o descobrimento do estado até sua independência plena, a sociedade se dividia entre escravos (que trabalhavam principalmente nas minas) e pessoas livres (colonizadores de minas).
• E os indígenas?
Nos dias de hoje, o estado de Goiás ainda é marcado por 4 diferentes áreas indígenas – mantidas e fiscalizadas pela Funai (Fundação Nacional do Índio). Os índios estão predominantemente nas cidades de Aruanã, Nova América, Colinas do Sul, Cavalcante, Rubiataba e Minaçu.
História de Goiânia: Planejada para 50 mil pessoas, Goiânia possui hoje mais de 1,3 milhão de habitantes. Distante 209 quilômetros de Brasília e com área aproximada de 740 quilômetros quadrados, a cidade faz parte da Mesorregião do Centro-Oeste e da Microrregião de Goiânia. Possui uma geografia contínua, com poucos morros e baixadas, tendo terras planas na maior parte de seu território, com destaque para o Rio Meia Ponte.
Atualmente, a barragem do Córrego João Leite também é um dos maiores destaques da hidrografia da capital goiana, que vai garantir o abastecimento de água até o ano de 2025.
Em 24 de outubro de 1933, em local determinado por Atílio Correia Lima, — um planalto onde atualmente se encontra o Palácio das Esmeraldas, na Praça Cívica —, Pedro Ludovico lançou a pedra fundamental da nova cidade. Goiânia foi planejada e construída para ser a capital política e administrativa de Goiás, sob influência da Marcha para o Oeste, política desenvolvida pelo Governo de Getúlio Vargas para acelerar o desenvolvimento e incentivar a ocupação do Centro-Oeste brasileiro.
Sofreu um acelerado crescimento populacional desde a década de 1960, atingindo um milhão de habitantes cerca de sessenta anos depois de sua fundação. Desde seu início, a sua arquitetura teve influência do Art Déco, que definiu a fisionomia dos primeiros prédios da cidade e a fez conhecida como o maior sítio Art Déco da América Latina.
É a segunda cidade mais populosa do Centro-Oeste, sendo superada apenas por Brasília. Situa-se no Planalto Central e é um importante pólo econômico da região, sendo considerada um centro estratégico para áreas como indústria, medicina, moda e agricultura.
De acordo com o IBGE, é a sexta maior cidade do Brasil em tamanho, com 256,8 quilômetros quadrados de área urbana. A Região Metropolitana de Goiânia possui mais de 2,2 milhões de habitantes, o que a torna a décima região metropolitana mais populosa do país.
A cidade de Goiânia, atual capital do estado de Goiás, foi formada a partir das transformações políticas que marcaram a história do nosso país na década de 1930. Contudo, o projeto de mudança da capital goiana já era discutido anteriormente. Isso porque a Cidade de Goiás, primeira capital goiana, criada no século XVIII, havia sido fundada em razão da atividade aurífera naquela época. Após o período do ouro, essa justificativa não mais valia e as cidades envolvidas com a criação de gado e o desenvolvimento da agricultura, mais alocadas ao sul, passaram a ter maior importância para Goiás.
Com a fundação do regime republicano, temos registradas as primeiras discussões oficiais que consideravam a transferência da capital de Goiás. Entretanto, a nossa primeira constituição republicana, de 1891, e as suas duas reformas subsequentes, de 1898 e 1918, acabaram sustentando a capital na antiga região aurífera.
Em 1930, a revolução liderada por Getúlio Vargas impôs uma renovação das lideranças políticas nacionais e regionais. Nesse período, o regime varguista estabeleceu aliança com outras figuras políticas goianas.
Foi daí que o médico Pedro Ludovico Teixeira foi nomeado como interventor do estado de Goiás e, estabelecendo um sentido de renovação, buscou colocar em prática o projeto de mudança da capital.
No ano de 1932 foi organizada uma comissão que deveria realizar a escolha da melhor região para a qual a nova capital seria transferida. A escolha acabou sendo realizada em função de cidades que já existiam e, entre as opções existentes, a nova capital veio a ser definida nas proximidades da cidade de Campinas, hoje o mais antigo bairro de Goiânia.
Mesmo com a resistência dos antigos grupos oligárquicos que dominavam a vida política goiana, o grupo de Pedro Ludovico acabou confirmando o projeto da mudança no ano de 1933. Na data de 24 de outubro daquele mesmo ano foi lançada a pedra fundamental que daria início aos trabalhos de construção da cidade de Goiânia. A escolha do nome aconteceu por meio de um concurso, vencido pelo professor Alfredo de Castro. O nome começou a ser utilizado no ano de 1935 para a nova capital.
O município começou a ter suas atividades executadas em novembro de 1935 e, no mês seguinte, o interventor Pedro Ludovico enviou o decreto que estabeleceu a transferência da Casa Militar, da Secretaria Geral e da Secretaria do Governo para a cidade de Goiânia.
Nos meses posteriores, outras secretarias foram transferidas e essas ações reafirmavam ainda mais a mudança da capital. No dia 23 de março de 1937, o decreto de número 1816 oficializava definitivamente a transferência da capital da Cidade de Goiás para Goiânia.
O evento oficial que sacramentou a transferência da capital aconteceu somente no dia 5 de julho de 1942. O evento aconteceu no Cine-Teatro Goiânia, um dos mais importantes patrimônios arquitetônicos gerados com a construção da nova capital. Ministros, autoridades e representantes da presidência da República marcaram presença no evento. Feita sob um planejamento anterior à transferência, Goiânia é uma das mais belas e modernas capitais do território brasileiro.
Aparecida de Goiânia é uma cidade brasileira do estado de Goiás. Localiza-se na Região Metropolitana de Goiânia. Tem de acordo com o censo em 2010 442.978 habitantes. Sendo o segundo maior colégio eleitoral do estado. Sua Área é de 288 km² representando 0.0848% do Estado, 0.018% da Região e 0.0034% de todo o território brasileiro.
História: A cidade de Aparecida de Goiânia foi inicialmente uma doação de terras feita por um grupo de fazendeiros da região à Igreja Católica e pertencia ao Município de Pouso Alto (atual Piracanjuba), logo depois em 1958 passou a integrar-se ao Município de Grimpas (atual Hidrolândia), tornando-se distrito. Em seguida, no ano de 1963, o Distrito de Aparecida de Goiás emancipou-se de Hidrolândia, passando a se chamar Aparecida de Goiânia.
Aparecida de Goiânia passou então a ser o alvo de inúmeros assentamentos promovidos principalmente pelo governo do estado, o que a impulsionou na classificação de um dos maiores índices de crescimento populacional do Brasil.
Aparecida de Goiânia se chamou, ainda como povoado, Aparecida, nome derivado da padroeira do lugar, Nossa Senhora Aparecida.
Em 1958, a Lei Municipal n. 1295 alterou-lhe o nome para Vila Aparecida de Goiás, e restaurou a condição de Distrito, sendo a derivação implícita. Ainda em 1958, a Lei Municipal n. 1.406, de 26 de dezembro, fixou-lhe o nome de Groelândia, formado de Goia de Goiânia e Lândia de Hidrolândia, o que indica Vila situada entre os municípios de Goiânia e Hidrolândia. O nome "Goialândia" porém não foi aceito por parte dos seus moradores, permanecendo o anterior.
A Lei Estadual n. 4.927, de 14 de novembro de 1963 eleva à categoria de Município o Distrito, modificando lhe o nome para Aparecida de Goiânia, já com foros de cidade, que pode ser dada como cidade que nasceu de Goiânia. Os primórdios da evolução social do pequenino povoado repousam na capelinha Nossa Senhora Aparecida. Local onde os moradores de então praticavam o culto religioso àquela que seria mais tarde consagrada a padroeira do lugar.
Habitavam naquelas paragens os fazendeiros José Cândido de Queirós, Abrão Lourenço de Carvalho, Antônio Barbosa Sandoval, João Batista de Toledo e Aristides Frutuoso suas mulheres e filhos que, juntando-se a mais outros, formavam o núcleo populacional que marcou o início da sua história.
As frequentes desobrigas levadas a efeito pelos padres sediados em Campinas acabaram por incutir nos primeiros habitantes o sentimento religioso da Igreja Católica Apostólica Romana. Os sacerdotes se transportavam para o pequeno lugarejo em animais a fim de cumprirem missão de fé, acentuando indelevelmente a agregação religiosa, incrementando, consequentemente, a afluência de residentes em função do culto.
Economia: Em seus aspectos econômicos, a pecuária, com a criação de gado bovino com a finalidade de corte e leite é uma das atividades na sua pequena extensão rural.
No município onde predomina a indústria extrativa de areia para construções, pedras, barro comum para fabricação de tijolos, a agricultura não é expressiva, tendo-se em vista que são atividades conflitantes, dentro de uma pequena área territorial rural, visto que 70% do seu território encontra-se hoje ocupado por grande proliferação imobiliária, cujos lotes e áreas diversas estão ocupadas por moradias e setores industriais.
O intercâmbio comercial, em maior escala, é realizado com o município de Goiânia e com outros estados, tendo como principal meio de acesso a rodovia BR-153. Por seu turno, Goiânia é o principal centro consumidor de seus produtos extrativos e industrializados. Supermercados, armazéns, mercearias e semelhantes realizam o abastecimento interno.
Aparecida de Goiânia possui agências dos Correios e Telégrafos, milhares de telefones instalados, ônibus de percurso entre a Capital e a maioria das regiões do município, bastante asfalto e muitos bens e serviços públicos, existindo agências bancárias como o Banco do Brasil, Bradesco, CEF, Itaú e outros.
Geografia: Nos seus aspectos geográficos, Aparecida de Goiânia integra a Microrregião de Goiânia, estando situada a 18 quilômetros do centro da Capital do Estado pela BR 153 e 15 minutos de percurso. Sua altitude é de 804 metros, com uma área de 289,08 quilômetros quadrados. Suas terras são do tipo sílico argilosa com pedreiras. A temperatura média oscila entre 26 e 27 graus centígrados.
Clima: Aparecida de Goiânia possui um clima tropical semi húmido sendo quente a maior parte do ano. Apesar disso, no inverno as temperaturas mínimas podem despencar para até 9°C. Porém, as máximas podem ser superiores a 31°C. (Temperaturas típicas de um dia de inverno: mín. 11°C/máx.28°C). Na primavera, são registradas as maiores temperaturas. Há casos em que as temperaturas máximas podem alcançar ou ultrapassar os 38°C. (Temperaturas típicas de um dia de primavera: mín. 21°C/máx.35°C).
No verão as temperaturas ficam mais amenas: entre 19°C e 29°C. (Temperaturas típicas de um dia de verão: mín. 20°C/máx.29°C). No outono, as temperaturas ficam mais amenas variando entre 14°C e 28°C. (Temperaturas típicas de um dia de outono: mín. 15°C/máx.27°C).
Hidrografia: A sua hidrografia é formada pelo rio Meia Ponte que banha o município em pequena extensão, servindo de limite com outros municípios. Os ribeirões das Lages, Santo Antônio e o córrego da Serra banham o seu território.
O serviço de eletrificação do município, com energia fornecida pela hidrelétrica de Cachoeira Dourada, foi inaugurado em 11 de maio de 1960 pelas Centrais Elétricas de Goiás (CELG).
No aspecto demográfico, a população residente no município após a sua emancipação que não atingia 2.000 pessoas, de acordo com a sinopse preliminar do censo demográfico, sua população em 1980, foi proporcionalmente a de maior crescimento no Brasil, estando assim distribuída: urbana 20.724, rural 21.941 com um total de 42.665 habitantes, ficando a densidade demográfica em 11,40 hab/km².
Anápoli é um município brasileiro do estado de Goiás. Tem, segundo o Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística para 2010, 334.613 habitantes, sendo o terceiro maior em população do Estado. Possui um PIB de 8,1 bilhões de reais, o que faz de Anápolis o município mais competitivo, rico e desenvolvido do interior do Centro-Oeste Brasileiro.
Fica a 48 km de Goiânia e 139 km de Brasília. Junto com essas cidades, faz do eixo Goiânia-Anápolis-Brasília, a região mais desenvolvida do Centro-Oeste.
Segundo o Tribunal Regional Eleitoral de Goiás, em junho de 2011 registram-se em Anápolis 230.225 eleitores ou 5,67% do eleitorado de Goiás. A revista Veja apontou Anápolis como uma das 20 cidades brasileiras do futuro na edição do dia 28 de Agosto de 2010.
Surge de uma pequena vila que surgiu dos encontros de viajantes em uma fazenda que ficava na região, e que cresceu após a construção da capela de Santana. A etimologia de seu nome pode ser considerada como vinda do nome de Santa Ana, ou do nome de Ana das Dores, significando Cidade de Ana.
A cidade é cortada pelas rodovias BR-153 e BR-060, duas importantes vias federais, e pela GO-330. Além disso é ponto inicial das rodovias GO-222 e BR-414. Conta com a sede e um campus da UEG (Universidade Estadual de Goiás) e um campus do IFG (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás), além de inúmeros institutos particulares e centros profissionalizantes. Anápolis teve, segundo a prefeitura, um alto índice de crescimento após a instalação do DAIA, em 1976.
História: Em 1819, o viajante francês Auguste de Saint-Hilaire, hospedou-se na região, a qual mencionou de Fazenda das Antas.
Um conhecido desbravador da região, o marechal Raimundo de Cunha Matos, chegou a afirmar em suas andanças a citada propriedade, encravada no rio das Antas, nome este por sinal, face o local na época ter grande quantidade de antas.
A origem dessa localidade é quase certa que fica nas redondezas do Córrego Góis, Ribeirão das Antas, Córrego dos Nunes, Córrego Capuava, Córrego Cesário, Córrego Água Fria, Córrego João de Aí, tinha como residência os senhores Joaquim e Manuel Rodrigues dos Santos, José Inácio de Sousa, Manuel e Pedro Rodrigues (Roiz), Camilo Mendes de Morais, Manuel Rodrigues da Silva, todos lavradores e mais comunidade por volta de 1865.
Por ser um local aprazível, com bom pasto e muita água, tornou-se logo um ponto de encontro entre viajantes e tropeiros surgindo em seguida casas e palhoças.
Percorrendo a extensa faixa de terras entre Jaraguá e Silvânia, alguns viajantes fixaram ali residência, principalmente na cabeceira do rio/riacho das Antas.
Afirma a tradição que, por volta de 1859, passando pela região da fazenda de Manuel Rodrigues, Dona Ana das Dores, natural de Jaraguá, perdeu ali um de seus animais de carga que conduzia uma imagem de Santana. Encontrado o animal, os tropeiros não conseguiram erguer a tal mala que continha a imagem, o que levou Dona Ana a interpretar o fato ocorrido como um desejo da santa de permanecer no local. Dona Ana então prometeu doá-la à primeira capela que fosse erguida no local.
Em 1870, muda para o vilarejo Gomes de Sousa Ramos, filho de Dona Ana das Dores, homem experiente e viajado, conseguiu dos moradores a doação de uma gleba de terra para o patrimônio da Senhora Santana e, no ano seguinte, construía um templo em seu louvor, a primeira igreja da cidade, no mesmo local onde hoje se encontra a Catedral de Santana. Com o crescimento local a denominação passou a ser Capela de Santana das Antas.
Emancipação: Um professor de primeiras letras oriundo de Meia-Ponte, designado pelo governo provincial, chegou ao povoado em 1882. Chamava-se José da Silva Batista (Zeca Batista).
Batista lutou pelo desenvolvimento da freguesia e para emancipá-la de Pirenópolis, fato que se deu, por força da Lei nº 811 de 15 de novembro de 1887. Com a morte de Gomes de Sousa Ramos, considerado o primeiro líder, Zeca Batista ocupou o seu lugar.
Por múltiplos obstáculos, e, sobretudo pelas dificuldades levantadas pelas autoridades pirenopolinas, pelo advento da Lei Áurea (1888) e pela Proclamação da República (1889), a instalação da vila só se deu a 10 de março de 1892, com José da Silva Batista na presidência da junta administrativa da Vila de Santana das Antas.
Através de eleições, em 1893 o povo antense escolheu o primeiro intendente Lopo de Sousa Ramos, e o primeiro conselho municipal foi formado por Antônio Crispim de Sousa, Teodoro da Silva Batista, Vicente Gonçalves de Almeida, Floro Santana Ramos, Antônio Batista Arantes e Modesto Sardinha de Siqueira.
Já contando com autonomia administrativa e base territorial, a Vila de Santana das Antas foi elevada à categoria de cidade pelo Decreto-Lei 320, assinado pelo então presidente do estado de Goiás, Miguel da Rocha Lima, passando a ser denominada de Anápolis (que significa Cidade de Ana) a partir de 31 de julho de 1907, sendo considerada esta a data de comemoração do aniversário da cidade.
José da Silva Batista, o consolidador do município faleceu em 7 de dezembro de 1910, com 54 anos de idade.
Em 9 de janeiro de 1924, chegou a luz elétrica na cidade, graças ao pioneirismo de Francisco Silvério Faria e Ralf Colemann. A instalação do telégrafo deu-se em 1926 e a ferrovia chegou em 1935.
É conhecida como Manchester goiana. Em 1927 foi fundado o Hospital Evangélico Goiano, pelo médico e missionário evangélico de origem inglesa, Dr.James Fanstone, sendo na sua época a mais moderna instituição de saúde do centro-oeste brasileiro. Em 1939 foi fundado o Hospital Nossa Senhora Aparecida, em 1943 surgiu o primeiro bairro, o Jundiaí, lançado por Jonas Duarte.
Economia: Anápolis é a principal cidade industrial e centro logístico do Centro-Oeste brasileiro. Possui diversificada indústria farmacêutica, forte presença de empresas de logística e atacadistas de secos e molhados, economia forte e bem representada através de 33 agências bancárias.
O município é o terceiro do Estado em população e o primeiro no ranking de competitividade e desenvolvimento recém divulgado pela Secretaria Estadual de Planejamento, além de estar no centro da região mais desenvolvida do Centro-Oeste brasileiro, conhecida como o eixo "Goiânia-Anápolis-Brasília".
Sua economia está voltada para a indústria de transformação, medicamentos, comércio atacadista, indústria automobilística e também a educação.
Surgimento e povoação: Os princípios da povoação de Anápolis, nos idos do século XVIII, tiveram como responsável a movimentação de tropeiros que demandavam de diferentes províncias em direção às lavras de ouro de Meia Ponte (Pirenópolis), Corumbá de Goiás, Santa Cruz, Bonfim (Silvânia) e Vila Boa (Cidade de Goiás).
Os principais cursos de água que cortam a região de Anápolis - João Cezário, Góis e Antas - tinham dupla importância no translado desses garimpeiros: eram sítios de descanso e serviam como referência e orientação na viagem. Abandonando os sonhos de aventura e de riqueza em face da exaustão do precioso metal nas lavras antes promissoras, muitos daqueles viajores optaram pelas margens do Antas para estabelecer moradia, constituir família, explorar a terra.
Já no século XIX o naturalista francês Auguste de Saint-Hilaire fez anotações em seu diário de viagem em que descrevia uma fazenda "que era um engenho de açúcar do qual dependia um rancho muito limpo, no qual nos alojamos". Era o ano de 1819 e o lugar descrito pelo estudioso francês, a Fazenda das Antas.
O certo é que pelos idos de 1833, os fazendeiros de há muito fixados às margens do Riacho das Antas, tinham por costume se reunir em casa de Manoel Rodrigues dos Santos, um dos primeiros moradores do lugar, e aí realizavam novenas e orações. Registros históricos da época confirmam que no ano de 1859, a área de terras que constituía propriedade de Manoel Rodrigues dos Santos era um aglomerado de quinze casas.
A 25 de abril de 1870 surge o primeiro documento oficial sobre Anápolis. Um grupo de moradores constituído por Pedro Roiz dos Santos, Inácio José de Souza, Camilo Mendes de Morais, Manoel Roiz dos Santos e Joaquim Rodrigues dos Santos fez a doação de parte de suas terras para a formação do que se denominou de Patrimônio de Nossa Senhora de Santana.
No ano seguinte, nas terras doadas, Gomes de Souza Ramos construiu a Capela de Santana o que fez o lugar florescer rapidamente, pelo que foi elevado à Freguesia de Santana, sobrevindo depois os estágios de vila e de cidade.
A imagem da santa padroeira de Anápolis - que segundo relatos pertenceu a Dona Ana das Dores, mãe de Gomes de Souza Ramos - esteve por muitos anos preservada fora da cidade. Localizada em Pirenópolis foi trazida para Anápolis onde é guardada como relíquia histórico-religiosa, na Matriz de Santana.
A imagem tem uma saga que remonta a 142 anos, portanto quase sesquicentenária. A comunidade católica de Anápolis dedica devoção especial à sua padroeira, cujo onomástico se celebra a 26 de julho, quando a imagem centenária pode ser admirada durante a novena precedente àquela data que se celebra na Matriz de Santana, todos os anos.
A devoção a Nossa Senhora Santana influiu de forma inequívoca na fundação de Anápolis. A partir da construção de uma pequena capela, em 1871, por Gomes de Souza Ramos, formou-se a aglomeração urbana que se constituiria dois anos depois em Freguesia de Santana das Antas.
A outra versão que preserva um cunho mítico sobre o surgimento de Anápolis, conta que a fazendeira Ana das Dores de Almeida viajava de Jaraguá para Bonfim (atual Silvânia), quando em determinada etapa da viagem um dos muares de sua tropa (a mula que conduzia a imagem de Santa Ana) desgarrou-se dos demais.
Localizado o animal, resultaram inúteis os esforços para fazê-lo retomar a marcha, o que levou a devota a interpretar o fato como se manifestação de que "a santa ali desejava ficar".
A viajante fez propósito de que mandaria construir uma capela no local onde seria introduzida a estátua sagrada. Essa determinação de Dona Ana das Dores foi concretizada por seu filho, Gomes de Souza Ramos, 11 anos mais tarde.
Citações literárias: As pesquisas sobre os fundamentos históricos de Anápolis, remontam ao século XIX. A mais antiga de que se tem registro é do naturalista francês Auguste de Saint-Hilaire quando fez o trajeto de Meia Ponte (Pirenópolis) para Bonfim (Silvânia).
Era o ano de 1819 e em seu diário de viagem, ele escreveu: "A três léguas de Forquilha, apeei-me na Fazenda das Antas, situada acima do rio do mesmo nome, ainda um dos afluentes do Rio Corumbá. Essa fazenda era um engenho de açúcar que me pareceu em péssimo estado, mas da qual dependia um rancho muito limpo e bastante grande, no qual nos alojamos".
Em 1824, o marechal português, Raimundo José da Cunha Matos, deixou registrado: "Rio das Antas nasce na serra ao sul do arraial de Meia Ponte e banha a fazenda de seu nome; tem ponte e mete-se no Rio Corumbá com o curso de mais de oito léguas: consta de muitos braços".
De outro viajante francês, Francis Castelnau, quando excursionava de Bonfim para Meia Ponte, em março de 1844: "Saindo da fazenda, atravessa-se o bonito ribeirão chamado das Antas, nome também da localidade".
Do pernambucano Oscar Leal, em 1887: "Antas!... Sepultada no meio do deserto, longe das grandes estradas que ligam a capital goiana às principais praças do sul do Estado a vila ou povoação das Antas, surge à vista do forasteiro, depois que se desce a chapada, em extenso vale, cercado de um mutismo tão belo e sedutor que seria o bastante para ali fundarem um estado os poetas da antiga Babilônia.
Na vila das Antas há meia dúzia de pessoas com as quais se pode travar conversação e uma destas é o Sr. José Batista... Consta de duas ruas paralelas que atravessam o largo da matriz, a qual fica situada bem no centro da povoação... Sua população, segundo os meus cálculos na falta de estatística, orça por uns 800 habitantes... Tem umas seis lojas de fazendas mal sortidas e algumas tabernas que vendem fumo, cachaça e mantimentos. O clima é saudável e as águas magníficas".
1892 - Relatório da Comissão Cruls, no deslocamento de Bonfim para Pirenópolis: "A 30 de julho, no Engenho de Antas, descobrimos no horizonte, o cume de uma cadeia de montanhas, ao depois, soubemos ser o Pireneus. Ficamos então distantes 60 quilômetros (de Pirenópolis)".
1893 - Carta de Leopoldo de Bulhões a Capistrano de Abreu: "As Antas serão o Ribeirão Preto de Goiás em breves dias..."
Dois expoentes: Foi mediante os esforços liderados pelos dois chefes políticos Gomes de Sousa Ramos e José da Silva Batista (Zeca Batista), ambos homens de espírito empreendedor, que a antiga povoação de Santana das Antas é hoje a mais imponente cidade do interior do Estado de Goiás. Gomes de Sousa Ramos deu origem à primeira construção que foi o marco de todo o desenvolvimento: a Capela de Nossa Senhora Santana.
O professor Zeca Batista soube ser exímio no trato e na ação política, chegando a ocupar a Presidência da Província de Goiás e desfrutando de grande prestígio.
Fundador: Gomes de Sousa Ramos foi um dos fundadores de Anápolis. Ele nasceu a 17 de setembro de 1837, em Arraias, filho de Gomes Pereira Ramos e de Dona Ana das Dores de Almeida.
Aos 33 anos de idade, mudou-se de Bonfim para o lugarejo que mais tarde seria a Freguesia de Santana das Antas. Veio atraído pela fertilidade da terra e pelo clima.
Chegando aqui no ano de 1870, homem empreendedor que era, criado por sua mãe cultivando os preceitos católicos na devoção a Nossa Senhora de Santana, erigiu uma capela, porque encontrou vários devotos da padroeira do lugar.
Foi pois sob o entusiasmo de Gomes de Souza Ramos que alguns moradores fizeram doação das terras onde se localiza parte da cidade, à Santa.
Gomes de Sousa Ramos iniciou a construção da capela nos primeiros meses do ano de 1871. A 3 de novembro do mesmo ano, foi designado capelão, o padre Francisco Inácio da Luz. Era um passo importante para o desenvolvimento demográfico e político do lugar, pois em 1872, esse padre redigiu um documento pedindo a elevação da povoação à categoria de Freguesia.
O documento foi assinado por ele, por Gomes de Souza Ramos e por outras 265 pessoas. Esse documento datado de 2 de maio de 1872, foi encaminhado ao presidente da Província de Goiás, Antero Cícero de Assis, e levado à então capital, Goiás Velho (hoje Cidade de Goiás), por Gomes de Sousa Ramos. Uma penosa viagem, já pela distância a ser percorrida, já pela falta de meios de transporte e de conforto da época, e sobretudo pelos perigos nos locais ermos em que se devia circular.
A viagem de Gomes de Sousa Ramos foi, toda ela, feita a cavalo.
O requerimento dos moradores foi então encaminhado à Assembleia Legislativa, acompanhado de um ofício de Gomes de Sousa Ramos. Nesse requerimento ele descrevia a situação, a localização e os limites da capela.
Mediante os esforços de Gomes de Sousa Ramos e de Zeca Batista, chefes políticos de então, foi que a Freguesia, alguns anos depois, se elevava à categoria de Vila - mais precisamente, no ano de 1887. No entanto, devido a alguns fatos de abrangência nacional à época, a vila só viria a ser instalada cinco anos mais tarde.
Gomes de Sousa Ramos não chegou a alcançar essa nova etapa da história da cidade que ajudou a fundar. Ele adoeceu em junho de 1889, vindo a falecer em 22 de setembro daquele mesmo ano, deixando viúva a Sra.
Messias Gomes Pereira (que sua era sobrinha) com quem tinha seis filhos: Maria, Sebastião, Gomes, Benedito, Francisco e Manuel, tendo nascido, posteriormente a seu falecimento, em 5 de janeiro de 1890, outra filha do casal, de nome Ana. Gomes era casado em primeiras núpcias com Vitoriana Maria de Jesus, da qual se enviuvou e com quem não teve filhos.
O nome do coronel Zeca Batista está intimamente relacionado à história de Anápolis, para onde se mudou a 28 de fevereiro de 1882, vindo de Meia Ponte (Pirenópolis), cidade em que nasceu a 1º de setembro de 1856. Zeca Batista era filho do comendador Teodoro da Silva Batista e de Efigênia Pereira de Siqueira Batista. Estudou no Colégio Senhor do Bonfim, de sua terra natal.
Em 9 de outubro de 1875 casou-se com Francisca de Siqueira, filha de Manuel Barbo de Siqueira e de Maria Luíza Abrantes. O casal teve dez filhos, dos quais, os três primeiros nascidos em Pirenópolis: Isaura, Vespasiano e Alcebíades - este ultimo falecido ainda criança. Os outros sete nasceram todos em Anápolis (então Santana das Antas): Segismundo, Diana, Semíramis, Naiá, Genaro, Ninfa e Nicanor, todos já falecidos.
Veio para a então Freguesia de Santana das Antas como professor. Mas à falta de médicos e de farmacêuticos, exercia também essas atividades, além de ser comerciante. Residiu inicialmente no chamado Largo da Igreja, numa casa que ficava fronteira à atual Escola Normal e onde hoje existe um posto de gasolina, na confluência da Avenida Goiás com a rua que atualmente leva o seu nome. Somente no ano de 1907, Zeca Batista construiu a casa que hoje abriga o Museu Histórico de Anápolis.
Foi graças aos esforços conjuntos de Zeca Batista e de Gomes de Sousa Ramos que a Freguesia de Santana das Antas foi elevada a vila, mediante a Lei 811, de 15 de dezembro de 1887 - cinco anos após a chegada de Zeca Batista ao lugar.
Entretanto a instalação oficial da vila só aconteceria cinco anos mais tarde. Vários acontecimentos se deram nesse ínterim: em nível nacional a Abolição da Escravatura e a Proclamação da República, e em nível local o falecimento de Gomes de Sousa Ramos, em setembro de 1889.
Nos preparativos para a instalação da vila, os antenses formaram a sua primeira Junta Administrativa, em fevereiro de 1892, escolhendo para presidi-la, o coronel José da Silva Batista. É que o valor e o prestígio de Zeca Batista cresceram de tal modo nos dez anos em que residira no lugar, que ele se tornou chefe supremo da política local. Em 1905, José da Silva Batista elegeu-se à terceira vice-presidência do Estado e depois, por vacância de cargo, chegou à presidência.
Em 27 de abril de 1909, deposto o primeiro vice-presidente do Estado, coronel Francisco Bertoldo de Sousa, que se encontrava então na chefia do Poder Executivo, por um movimento revolucionário, foi entregue a direção do governo, em 12 de abril daquele ano, ao comendador Joaquim Rufino Ramos Jubé, presidente do senado estadual, o qual o transmitiu, a 1º de maio, ao segundo vice-presidente, coronel Zeca Batista, que esteve à frente da chefia da administração de Goiás, até o dia 24 de junho seguinte, quando assumiu, por eleição, Urbano Coelho de Gouveia. Zeca Batista foi escolhido 1° vice-presidente do novo Executivo estadual.
Em Anápolis e como em todo o Estado de Goiás, o coronel Zeca Batista desfrutava de grande prestígio e popularidade.
Faleceu a 7 de dezembro de 1910, às duas horas da tarde, por consequência de grave doença que há tempos o havia acometido.
Anos mais tarde, em 1929, no jornal "Lavoura e Comércio", de Uberaba, o jornalista Hermógenes Monteiro traçou a maneira de ser de José da Silva Batista:
"Esse homem era um cavalheiro tão perfeito, um diplomata tão completo, naqueles tempos bárbaros, que desarmava o adversário, cercando-o de considerações e ativava o inimigo, dando-lhe superior importância - enquanto aos amigos, por mais pobres que fossem, tratava com intimidade e confiança de irmão. Popular ao extremo, provocava palestra com todos: pretos, brancos, ricos ou pobres, que encontrava em seus passeios habituais.
Nunca deixou de visitar o seu único e sistemático adversário político, major Francisco de Barros, a quem não perdia a oportunidade de provar a mesma e única consideração de sempre".
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